Reconheça os sinais iniciais de feridas crónicas e descubra os benefícios do tratamento de feridas por terapia húmida durante o processo de cicatrização.
Uma das consequências do aumento da esperança de vida na população é o aumento distintivo de doenças crónicas, que também inclui feridas crónicas.
Uma ferida é considerada crónica se dentro de um período aceitável de tempo, apresenta apenas um pequeno, ou nenhum, sinal de cicatrização, apesar de ser utilizada a terapia adequada. Estas feridas não são normalmente causadas por fatores externos, como abrasões ou queimaduras, mas estão mais provavelmente relacionadas com lesões implícitas e influências negativas. Isto culmina no desenvolvimento de tecido lesado como resultado de um metabolismo com distúrbios. Estas perturbações podem atrasar ou mesmo evitar o processo normal de cicatrização da ferida.
Os tipos mais frequentes de feridas crónicas são: feridas de pressão (úlceras do decúbito, escaras), feridas na parte inferior da perna (também chamadas pernas ulceradas/úlcera na perna e Ulcus cruris) e síndrome do pé diabético.
Quanto mais cedo for diagnosticada uma ferida crónica, maiores são as probabilidades de cicatrização. Por isso, é importante que a pessoa afetada interprete os sinais iniciais corretamente e obtenha assistência médica na fase inicial.
Que sinais prematuros devem ser observados em indivíduos com estas feridas?
![A nurse is treating the wound of a woman’s foot](/-/media/wound/img/hartmann-wound-management-article1-01-patient-doctor.jpg?h=407&iar=0&mw=540&w=434&rev=b4a29f91d0714475aa419d80a092ad91&hash=03782F44E8EB31162A292B0459B11AA3)
Quais os primeiros sinais que podem ser observados em indivíduos com este tipo de feridas?
Feridas de pressão
A prevenção requer contínua monitorização das condições da pele e imediata e apropriada reação a qualquer mudança. Sinais de danos na pele podem ser: descoloração e endurecimento, temperatura local elevada e desconforto. Também se pode observar a formação de bolhas.
Fatores diversos podem estar relacionados com o desenvolvimento de úlceras de pressão, incluindo: idade avançada, imobilidade, incontinência, perturbações da sensibilidade, obesidade ou má nutrição e distúrbios que afetem a circulação sanguínea e o metabolismo das células.
Úlceras na parte inferior da perna.
Feridas crónicas frequentemente ocorrem na parte inferior da perna, à volta do tornozelo (região maleolar) apesar de – dependendo da sua causa – poderem ocorrer em qualquer local na extremidade inferior.
Problemas na circulação venosa das pernas podem causar acumulação ou completo estase do fluxo sanguíneo. Isto pode levar a danos no tecido e subsequente ulceração. Ulceração venosa não acontece durante a noite. Os seguintes sinais, são apenas alguns dos sinais de distúrbios na circulação venosa que podem ser observados em indivíduos afetados, à medida que os distúrbios se desenvolvem: inchaço (edema) dos tecidos, hiper- e/ou hipo-pigmentação da pele, eczema estase, e uma sensação de pressão ou de bloqueio na perna (especialmente ao final do dia).
![A surgical team is operating a chronical wound](/-/media/wound/img/hartmann-wound-management-article1-02-diabetic-foot-syndrome.jpg?h=407&iar=0&mw=540&w=434&rev=ea7fe5c9d2d5497ba30b1627ce47ff06&hash=A491391D463B0E7DC88B41E6D8415D41)
Síndroma do pé diabético
Síndroma do pé diabético ocorre como resultado de problemas a longo prazo de circulação de sangue, e/ou lesões nos nervos causados por complicações com a diabetes mellitus. O termo – síndroma do pé diabético – refere-se a sintomas clínicos observados no pé.
A perda de perceção protetora da dor e da pressão, é um dos principais estímulos para ulceração em doentes diabéticos. Medidas preventivas para proteger o pé de lesões são essenciais, pois a ulceração pode acontecer rapidamente a partir do mais pequeno ferimento. Uma abordagem multidisciplinar ao tratamento é crucial. Deve ser prestada especial atenção ao pé diabético e unhas, já que pequenas escoriações ou pontos de pressão podem levar ao início do desenvolvimento de uma ferida crónica.
Como se podem prevenir as feridas crónicas?
As úlceras de pressão podem – como a palavra infere – ser evitadas reduzindo, removendo ou redistribuindo a fonte de pressão e fricção. Indivíduos em risco, por esta razão, devem ser corretamente identificados e devem ser realizadas as medidas apropriadas de alívio da pressão. Estas medidas incluem virar regularmente e reposicionar indivíduos que estejam imobilizados e utilizar dispositivos para aliviar a pressão.
A ulceração venosa requer duas intervenções decisivas: terapia de compressão e mobilização. Educar e responsabilizar o paciente é crucial para fazer com que estes regimes de terapia funcionem. Assim como compreender a importância de aplicar compressão, os pacientes devem aprender a manter as suas pernas em movimento.
A autorresponsabilização é igualmente importante para doentes diabéticos. Os que são afetados devem assegurar-se que os seus pés são vigiados diariamente. Os pés devem ser mantidos quentes e secos e andar descalço é tabu absoluto. Resultados negativos podem ser reduzidos com visitas regulares ao médico, de forma a monitorizar e a avaliar o problema.
Uma abordagem holística é vital para o sucesso do tratamento e cicatrização das feridas crónicas. É vital que um distúrbio subjacente, tal como a diabetes mellitus ou uma doença arterial, seja tratado.
Como é que as feridas cicatrizam normalmente?
Todas as feridas, independentemente da sua causa, passam por fases de cura que podem ser divididas em três fases gerais:
1. Fase de Limpeza
Durante o período inicial de cicatrização, a ferida tenta limpar-se a si própria de impurezas. O exsudado da ferida é frequentemente presente e podem ocorrer sinais de infeção (vermelhidão, inchaço, dor, calor, função reduzida). O tratamento localizado da ferida serve para apoiar estes processos e acelerar a limpeza.
2. Fase de Granulação
A ferida é preenchida com novo tecido e os níveis de exsudado descem. A limpeza da ferida deve continuar e os novos tecidos devem ser protegidos.
3. Fase de Epitelização
Os rebordos da ferida começam a unir-se. A superfície da ferida é coberta com células epiteliais e o fecho da ferida pode concluir-se. Durante esta fase, os níveis de exsudado podem ser mínimos ou não existentes, e as células epiteliais frágeis devem ser tratadas.
![Two doctors performing operation](/-/media/wound/img/hartmann-wound-management-article1-03-how-wounds-heal-retina.jpg?h=506&iar=0&mw=540&w=540&rev=d0b7f279479848d497c7df508ad2e71a&hash=6909A94B2FE6AEBFEAEA2BE80F140463)
Como são as feridas problemáticas tratadas?
Os modernos pensos para feridas apoiam o processo fisiológico específico em cada fase da cicatrização. A nova abordagem de tratamento mantém a ferida húmida, fornecendo proteção contra influências externas e suportando ativamente o processo de cura.
O tratamento de feridas por terapia húmida, da PAUL HARTMANN AG, é um conceito de tratamento especialmente desenvolvido para o tratamento de feridas crónicas e de cicatrização difícil. Consiste em apenas dois tipos de pensos - HydroClean plus e HydroTac – que são usados um após o outro, durante o processo de cura.
HydroClean pode ser usado nas três fases da cicatrização mas é mais eficaz durante as fases de limpeza e de granulação. Devido à sua especial absorção e mecanismo de limpeza, a necrose, as escaras e as bactérias são removidas da ferida e firmemente ligadas ao penso da ferida. No núcleo do penso, as bactérias são eliminadas pelo antissético polyhexanide (polyhexamethylene biguanide ou PHMB) e são ali retidas.
O HydroTac é usado após o HydroClean, predominantemente na fase de granulação e epitelização. Não só absorve como também hidrata ativamente quando necessário, regulando o ambiente húmido da ferida desta forma. A sua película na parte superior promove a cicatrização, protegendo simultaneamente a ferida de bactérias e infeções.