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Correlação entre as proteínas do exsudato da úlcera venosa crônica e o perfil clínico: um estudo transversal

Correlação entre as proteínas do exsudato da úlcera venosa crônica e o perfil clínico: um estudo transversal

As feridas nos membros inferiores causadas pela hipertensão venosa crônica (VLU) contribuem para morbidade significativa e elevados custos de tratamento em todo o mundo. Estima-se que as VLUs que não alcançam a cicatrização em tempo hábil (entre 100 e 120 dias), afetem 6,5 milhões de pessoas somente nos Estados Unidos, gerando despesas anuais de pelo menos US$ 25 bilhões.

A cicatrização tecidual envolve uma complexa rede de sinalização que inclui fatores de crescimento e seus receptores, proteínas da matriz extracelular e diferentes classes de proteases e seus inibidores. A interação temporal organizada desses mediadores direciona a regeneração da pele por meio da formação de tecido de granulação com deposição de matriz reparadora e epitelização. O exsudato inflamatório das VLUs é uma mistura complexa e dinâmica dessas proteínas. Essa mistura modula o ambiente da ferida e pode refletir o estado geral de cicatrização, indicando o estado de cura da ferida, tornando útil sua mensuração para identificação dos fatores envolvidos no reparo tecidual ou na falha deste processo.

Estudo de caracterização das proteínas expressas no exsudato de VlUs foi realizado com a finalidade de compreender o retardo no tempo de cicatrização, além de esclarecer os diferentes papéis que as proteínas desempenham no microambiente da ferida, bem como definir como a clínica do paciente se correlaciona com o perfil proteômico.

Trinta e sete VLUs de 28 pacientes, com idade média de 70 anos, área de 16,85 cm2, tempo de início > 10 anos foram incluídos no estudo. Um total de 110 proteínas foram identificadas no exsudato inflamatório das VLUs. Trinta e Setenta e seis proteínas foram classificadas de acordo com a principal função desempenhada no processo de cicatrização e resposta local da lesão, agrupadas em seis categorias: transporte, imunomoduladores, proteínas de matriz, inibidores de protease, componentes genéticos e atividade antimicrobiana.

O presente trabalho caracterizou o perfil proteômico de VLUs e demonstrou correlações entre proteínas presentes no exsudato inflamatório e variáveis clínicas dos pacientes. Por meio das correlações identificadas, a cronicidade das lesões pode estar relacionada às comorbidades basais em idosos e ao aumento do número de moléculas relacionadas à imunidade no microambiente da ferida, bem como as moléculas que levam ao dano do endotélio vascular. Estas proteínas são capazes de ativar e mediar respostas pró-inflamatórias e induzir funções desreguladas no tecido, que impedem a cicatrização dessas feridas.

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